Programa de Pós-graduação em Ciências Cardiovasculares

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Ser viúvo ou divorciado é fator de risco para homens com doenças cardíacas, diz estudo – Jornal Extra – 19/06/19

Postado por poscardio em 24/jun/2019 - Sem Comentários


Veja a seguir a entrevista que o Prof. Claudio Tinoco Mesquita, Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Ciências Cardiovasculares e diretor científico da Sociedade de Cardiologia do Estado do Rio de Janeiro (Socerj), concedeu ao Jornal Extra, na última quarta-feira, sobre diferenças nas taxas de mortalidade de homens e mulheres, em relação ao estado civil.

Uma nova pesquisa da Universidade de Aston, na Inglaterra, encontrou grandes diferenças nas taxas de mortalidade de homens e mulheres, particularmente em relação ao estado civil, quando vivem com insuficiência cardíaca, fibrilação atrial (a forma mais comum de arritmia cardíaca) ou após um infarto. Viúvos que sofreram um ataque cardíaco são 11% mais propensos a morrer do que as mulheres que perderam seus cônjuges.

Achados semelhantes foram encontrados entre homens viúvos com insuficiência cardíaca (10%) e fibrilação atrial (13%) em comparação com mulheres viúvas e com as mesmas condições. Homens divorciados com fibrilação atrial tinham 14% mais chance de morrer do que mulheres separadas.

— O estudo aponta que existe este fenômeno, mas não explica o que acontece com os homens. As hipóteses, baseadas em outras pesquisas, é que o homem tem menor autocuidado e segue menos as orientações médicas em relação à mulher. Além disso, a tendência de um homem divorciado ou viúvo é de passar a ter uma vida mais desregrada, com menos rotina do que quando era casado. Eles deixam de ter hora para comer, para fazer exercícios físicos e muitos passam a beber em excesso — comenta Claudio Tinoco, cardiologista e diretor científico da Sociedade de Cardiologia do Estado do Rio de Janeiro (Socerj).

Leia mais: Exame pode prever quem vai sofrer de algum problema do coração (clique aqui)

Os pesquisadores analisaram mais de um milhão de pessoas que foram internadas em hospitais no Norte da Inglaterra com um ataque cardíaco, insuficiência cardíaca ou fibrilação atrial entre 2000 e 2014. O tempo de amostragem do estudo possibilitou ver como estado civil ou o gênero podem afetar o risco de mortalidade a longo prazo.

Os pesquisadores também descobriram que, entre os casados com fibrilação atrial, os homens tinham um risco 6% maior de morrer do que as mulheres. A situação é bem diferente para quem não é casado. A equipe descobriu que homens solteiros com insuficiência cardíaca, na verdade, tinham um risco 13% menor de morte em comparação com mulheres solteiras.

Resultado possibilita melhorar suporte

Rahul Potluri, líder do estudo e professor de Cardiologia na Escola de Medicina de Aston, espera que os resultados dessa pesquisa ajudem as equipes médicas a identificar quem precisa de apoio extra assim como melhorar a maneira como o suporte é oferecido.

— Quando se trata de ajudar as pessoas a se recuperarem de um problema cardíaco com risco de morte, concentrar-se exclusivamente em seu problema médico não é necessariamente o melhor resultado. É importante analisar os cuidados holísticos e explorar outros fatores, como sua rede de apoio — diz o especialista.

Como proteger o coração

Fazer atividade física

Para manter o coração protegido é preciso fazer pelo menos 30 minutos de exercício moderado, cinco vezes por semana

Dormir bem

Um sono reparador é fundamental para a manutenção da saúde. Durma de 7 a 8 horas por noite

Evitar bebida em excesso

Estudos associam o excesso de bebida alcoólica com sobrecarga cardíaca e maior chance de derrame

Controlar a saúde

Evite comer alimentos gordurosos. Mantenha a glicose, o colesterol e o seu peso sob controle

Ter rotina

O corpo precisa ter rotina para funcionar bem, diminuir as chances de gerar ansiedade e sobrecarregar o coração

Tirar férias

É preciso parar. Pessoas que não tiram férias têm maior chance de desenvolver algum tipo de doença cardiovascular

Buscar ajuda psicológica

O luto enfrentado por pessoas que passam por um divórcio ou perdem o conjugue afeta a saúde emocional e pode ser refletido no funcionamento do coração. Homens, principalmente, tendem a achar que não precisam de nenhum tipo de ajuda para enfrentar situações como estas

Fonte: Jornal Extra – 19/06/19

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